BAMBU

cap. 1

UMA REFLEXÃO SOBRE A RELAÇÃO HOMEM – NATUREZA

Uma visão filosófica

Uma breve lembrança para a compreensão do desenvolvimento desta relação entre o homem e a natureza, para entender como chegamos a esse momento de emergência social, entre o nosso passado e o futuro à nossa frente.

A presença humana neste planeta tenha talvez uns dois milhões de anos. No entanto, é somente nos últimos 8.000 anos os seres humanos tiveram a vida que associamos com civilização. Entendemos por civilização a vida das pessoas em cidades dotadas de complexos sociais, políticos e culturais.

Antes disso a sobrevivência humana se mantinha através de pequenos clãs nômades. A vida era uma experiência incompreensível, caprichosa e caótica. Os eventos naturais que dominavam a existência, não podiam jamais ser controlados e manipulados. Esses clãs caçadores e coletadores acreditavam na força dos espíritos sobrenaturais infinitos, invisíveis e incontroláveis. Tido por uma regência matriarcal.
Para defender a sobrevivência dos clãs, ícones, totens e tabus rígidos tornaram-se entrelaçados com a vida cotidiana. A visão de mundo primitiva baseava-se num sistema de crenças, na qual os eventos não têm causa, apenas acontecem. Uma visão que alguns autores como George Land , nomeiam como Acausal.

Porém, passando a era glacial, a partir do ano 10.000 a.C, com a entrada do Sol, e pelo solo aparente, percebem a possibilidade de produção, a idéia d plantar intencionalmente sementes fará frutos crescerem. Daí, ao longo dos séculos inventores desenvolveram métodos agrícolas repetível e sustentáveis. Aqui entra também o manejo do fogo, de metais e argila. A vida perene do nômade, caracterizada pela desordem, pelo acaso e pelo aleatório, torna-se uma vida mais estável, com um certo grau de previsibilidade e de algum controle sobre a própria vida.

Muda-se a visão dos homens pelo mundo, movimentam um processo de formação de civilização, onde paralelamente muda a relação do homem com o