Balaiada
No Maranhão havia dois partidos, os liberais (chamados de bem-te-vis, por causa do seu jornal, chamado o Bem-te-vi) e os conservadores (cabanos, por analogia com os cabanos do Pará, Pernambuco e Alagoas). [1]
A revolta dos balaios[editar | editar código-fonte]
A revolta tomou o nome de Balaiada, porque Balaio era o apelido de um de seus principais líderes, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira. Ele era um fabricante de balaios, e fora vítima da violência policial, que havia violentado uma de suas filhas, sem que houvesse punição nenhuma.
A principal causa da revolta foi a detenção do irmão do vaqueiro Raimundo Gomes, acusado pelo sub-prefeito da Vila da Manga [1](atual Nina Rodrigues)[carece de fontes], José Egito, um cabano. No dia 13 de dezembro de 1838, Raimundo Gomes, com nove outros cabras, invadiu o edifício da cadeia pública da povoação e libertou-o, reforçando seu grupo com os prisioneiros soltos e vinte e dois soldados encarregados da segurança policial da Vila.[1]
Raimundo Gomes conseguiu o apoio de Lívio Pedro Moura, Mulungueta, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira e do Balaio, o que deu nome ao movimento.[1]
Os revoltosos, após destruir e saquear fazendas e vilas, investiram contra a Vila de Caxias, que, sob a liderança civil de João Paulo Diase do capitão militar Ricardo Leão Sabino, conseguiram resistir, inclusive com o apoio de mulheres, a quarenta e seis dias sob o cerco do bando de Raimundo Gomes.[1]
Quando não havia mais como defender a vila, o capitão Sabino simulou haver aderido à revolta, mas disparou um canhão, causando pânico entre os balaios, o que permitiu que a vila fosse evacuada. Esta vitória animou o partido dos Bem-te-vi, que enviou emissários à capital São Luiz, pedindo a rendição ao presidente do Maranhão.[1]
Os balaios, porém, eram desorganizados, sem unidade de comando, e perderam um de seus líderes, o Balaio, que foi atingido por um projétil atirado de seu próprio bando e morreu de