Bakunin
Esta parte, é a visão do próprio Bakunin quando chegou a Paris. Ele logo tentou um passaporte com um contato dele, pra prevenir qualquer eventualidade, mas assim que chegou em Paris, o passaporte foi inútil : ‘’A república foi proclamada em Paris’‘estas foram as primeiras palavras que ele ouviu na fronteira.
Por causa de alguns problemas na estrada de ferro, ele só chegou a Paris 3 dias depois da proclamação da República , em 26 de fevereiro.
Aquela cidade que era enorme, centro da cultura européia , de repente virar um cáucaso selvagem: em cada rua, barricadas erguidas até o teto, operários com blusas pitorescas , negros de pó e armados até os dentes , nenhum carro. Desapareceram todos os velhos arrogantes. Massas entusiastas e triunfantes agitando bandeiras vermelhas , cantando canções patrióticas , embriagados pela vitória.
No meio desta alegria, todos estavam ternos, humanos, modestos e espirituosos. Durante mais de uma semana, Bakunin morou com operários na caserna da rua tournon, a dois passos do palácio de Luxemburgo. Essa caserna, como muitas outras, havia se tornado uma fortaleza republicana.
Ele teve a oportunidade de ver os operários e estudá-los de manhã até a noite. E disse que NUNCA em nenhum lugar e em nenhuma outra classe social, tinha encontrado tanta abnegação , tanta integridade, que era comovente , tanta delicadeza de maneiras e jovialidade unidas ao heroísmo como entre estas pessoas simples sem cultura, que sempre valeram e sempre valerão mil vezes mais que seus chefes.
O que comovia