bafometro
Per Christian Braathen
A seção “Química e Sociedade” apresenta artigos que focalizam aspectos importantes da interface ciência/sociedade, procurando sempre que possível analisar o potencial e as limitações da ciência na solução de problemas sociais.
Este artigo trata de uma aplicação de grande relevância e importância social: proteção da sociedade pela prevenção de acidentes de trânsito mediante detecção e controle de motoristas intoxicados pelo álcool. A presença de álcool no sangue é determinada pela medição do álcool no ar exalado pela pessoa, o que é feito pela observação visual ou instrumental de simples reações químicas de oxirredução. álcool, etanol, ‘bafômetros’, intoxicação
I
niciativas do poder público para prevenir o uso de bebidas alcoólicas por motoristas — causa de muitos acidentes nas estradas do país
— trouxeram à ordem do dia, não sem suscitar polêmica, o instrumento popularmente conhecido como ‘bafômetro’.
Esse instrumento de medição não vinha sendo muito utilizado, apesar de sua praticidade e eficiência.
A ingestão de álcool e suas conseqüências Quando uma pessoa ingere bebidas alcoólicas, o álcool passa rapidamente para a corrente sangüínea, pela qual é levado para todas as partes do corpo. Esse processo de passagem do álcool do estômago/intestino para o sangue leva aproximadamente 20 a
30 minutos, dependendo de uma série de fatores, como peso corporal, capacidade de absorção do sistema digestivo e gradação alcoólica da bebida.
A conseqüência é a intoxicação, que varia de uma leve euforia (a pessoa fica alegre) até estados mais adianta-
dos de estupor alcoólico. Como resultado, a capacidade da pessoa para conduzir veículos é altamente comprometida, tendo em vista que a intoxicação afeta a coordenação motora e a rapidez dos reflexos. De acordo com a legislação brasileira em vigor, uma pessoa está incapacitada para dirigir com segurança se tiver uma concentração de álcool no