Bafometro e o vinagre
Antes de falar sobre o texto escrito pelo engenheiro Ricardo, veja o caminho seguido pelo álcool no organismo. O álcool etílico (etanol) é uma substância orgânica que, quando ingerida pelo ser humano segue três caminhos: cerca de 5% dele é absorvido pela mucosa gástrica, 80% a 90% dele é oxidado pelo fígado e de 2% a 10% é excretado pela urina ou expelido pela respiração. “Segundo o texto escrito pelo engenheiro químico Ricardo, da fabrica de vinagre de Lucélia SP, o aparelho denominado bafômetro não mede o nível de álcool e sim a presença de cetona, que é o produto da queima da gordura. A reportagem afirma que o álcool diminui o teor de açúcar no sangue e, como conseqüência, a queima de gordura é acelerada pelo organismo e a produção de cetona ira aumentar, fazendo com que o bafômetro detecte uma maior quantidade de cetona em indivíduos alcoolizados. Uma solução proposta pelo Ricardo é de tomar acido acético para que este reaja com a cetona produzindo acetato, que não é identificada pelo bafômetro.” O engenheiro Ricardo cometeu vários equívocos, em seu texto, ao falar sobre o bafômetro e sobre a química envolvendo todo o processo. Primeiramente, ele afirma que o bafômetro é um aparelho que detecta a presença de cetona e não a presença de álcool. Na realidade, existem vários tipos de bafômetros (chamado também de etilômetro) que consistem na análise da presença do álcool que é ejetado pelo indivíduo. Parte do álcool, ingerido pela pessoa, é absorvido pelo organismo e cai na corrente sanguínea. Como o sangue passa pelos pulmões, o oxigênio presente neles acaba sendo contaminado pelo álcool, fazendo com que o bafômetro detecte uma quantidade de álcool, no ar expelido pela pessoa, igual ao teor de etanol no sangue.
Apesar de existir mais de um tipo de bafômetro, apenas dois deles são mais usados. O primeiro, chamado de bafômetro de dicromato de potássio, consiste em uma reação química envolvendo o etanol, que é expelido da boca do