Bactérias
O tétano é uma doença infecciosa aguda, não contagiosa, mas muitas vezes fatal, pois só no Brasil mata mais de mil pessoas por ano. O bacilo causador é o Clostridium Tetani ou bacilo tetânico ou bacilo de Nicolaier, em homenagem ao médico alemão que o descobriu em 1885.
Estes bacilos podem formar esporos, tornando-se arredondados e podendo sobreviver em condições adversas. Tais esporos sobrevivem no intestino humano e no de outros animais, sem prejudicar-lhes o organismo, porém suas evacuações levam com os dejetos os esporos tetânicos para o solo, contaminando-o, o que explica a maior incidência de tétano na zona rural ou onde não há destino adequado aos dejetos.
TRANSMISSÃO:
Os esporos permanecem nos locais, contaminando também os objetos que as pessoas manuseiam, ou outros que se encontram em toda parte: pregos, arames farpados, facas, tesouras, espinhos, cacos de vidro, etc. Assim, quando alguém se fere, os esporos penetram junto com a sujeira dos objetos contundentes, indo alojar-se sob a pele e, portanto, livre de contato com o ar. Nestas condições, os esporos liberam os bacilos que se reproduzem e passam a produzir toxinas que invadem o sangue e, posteriormente, o sistema nervoso central que controla os movimentos musculares. O resultado são as contrações tetânicas, características desta doença, como, por exemplo, no rosto, o “riso sardônico”.
O esporo é resistente e permite que a célula bacteriana ou bacilo sobreviva, quer no intestino humano quer no meio externo, como foi citado anteriormente. Já o bacilo, sem a proteção do esporo, é muito sensível e não muito resistente, morrendo logo. É uma bactéria anaeróbia; um sopro de ar fresco sobre uma ferida superficial é suficiente para matá-lo. Podemos observar também o seu desaparecimento quando passamos água oxigenada (H2O2) sobre o local ferido, o que é um ótimo costume, pois enzimas presentes no local do ferimento liberam O2 da água oxigenada, suficiente para matar os bacilos tetânicos que ali