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O artigo começa a partir de um resumo da história da descoberta do H.pylori, em 1982, pelos australianos J.Robin Warren e Barry Marshall e a sua conturbada luta para provar a toda comunidade científica que existe correlação entre a presença da bactéria e o aparecimento da úlcera gástrica e derrubar o postulado “sem ácido, sem ulcera” que vigorava até então. Em seguida, são apresentados dados epidemiológicos que indicam que pelo menos 30 a 50% da população mundial está colonizada pelo H.pylori e que existem diferenças de prevalência entre países e grupos étnicos e socioeconômicos, sendo mais prevalente nos países em desenvolvimento e fortemente associado a condições de pobreza e aglomerações. Foi assinalado também que não existe uma definição clara do meio de transmissão (que pode ser fecal-oral, através de fômites, oral-oral, entre outros) e que menos de 20% dos infectados desenvolveram úlcera. Logo depois de nos dar essa visão epidemiológica da infecção pelo H.pylori, foi explicada a relevância da bactéria para o desenvolvimento do câncer gástrico e a sua classificação como um carcinógeno tipo I.
A discussão subsequente gira em torno das descobertas que foram feitas sobre o microrganismo como a sua estrutura, seus fatores de virulência e suas estratégias de sobrevivência e evasão do sistema imune, além de explicar alguns dos “porquês” da sua infecção vitalícia (sem o uso de antibióticos), diferenças entre as cepas do H.pylori e os benefícios conquistados com a publicação do sequenciamento genético. Por fim foi dissertado sobre os benefícios que as pesquisas cada vez mais aprofundadas sobre os helycobacter( não somente o pylori, mas também outras espécies que infectam