Bacia Bonsucesso
Em relação ao meio biótico, abordou-se o tema vegetação como base para o diagnóstico e a avaliação dos impactos do Programa Drenurbs, uma vez que a condição da fauna é decorrência direta da disponibilidade de habitats.
Nesta linha de desenvolvimento, foi feita primeiramente uma caracterização da cobertura vegetal do município, sendo analisada a sua atual condição.
Na seqüência é relatada a situação da cobertura vegetal para cada uma das bacias/sub-bacias analisadas, descrita com base nos estudos realizados que envolveram o mapeamento e caracterização das mesmas.
6.2.1 - A COBERTURA VEGETAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
Do ponto de vista vegetacional, o município de Belo Horizonte está incluído na área recoberta pela Província Central ou dos Cerrados, próximo à faixa de transição deste com a Província Atlântica de acordo com o sistema proposto por FERNANDES et al. (1990).
O município de Belo Horizonte insere-se em dois domínios geomorfológicos: o quadrilátero ferrífero e a depressão periférica (PLAMBEL, 1984).
A heterogeneidade geológica, pedológica, climática, topográfica e hidrográfica é bem marcante, o que resulta numa cobertura vegetal bem variada.
As fisionomias vegetais originais eram representadas pelo cerrado/campo cerrado (savana arborizada), campo limpo (savana gramíneo-lenhosa), campo rupestre (sobre canga laterítica e sobre quartzito), cerradão (savana florestada), floresta tropical subcaducifólia (floresta estacional semidecidual) e floresta ciliar (BRANDÃO et al., 1992).
A cobertura vegetal original do município de Belo Horizonte encontra-se intensamente reduzida, cedendo lugar às áreas urbanizadas. As poucas áreas remanescentes apresentam-se descaracterizadas e isoladas, sendo que parte encontra-se preservada na forma de parques municipais, ou de propriedade de instituições estaduais ou federais, citando, entre os mais expressivos, o Parque das Mangabeiras, Mata da Baleia, Reserva do Cercadinho, Parque Aggeo