Bacharel
1 Novembro, 2012 / No Comentários
Durante largos anos a falência esteve sempre à porta da companhia aérea bandeira do país. Foi por muito pouco que isso não aconteceu. Hoje a história é diferente. A LAM voltou aos lucros e apesar do elevado preço dos bilhetes o número de passageiros não pára de aumentar.
Por Luís Leitão
Há 32 anos que os aviões da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique cruzam os céus do país. A história da empresa está repleta de episódios. Mas os mais recentes revelam uma empresa com uma pesada estrutura que soube contornar uma situação preocupante de falência técnica que durava desde 2004. Foram anos complicados. Em 2005 a empresa chegou a apresentar capitais próprios negativos superiores a 190 milhões de meticais (cerca de 8 milhões de dólares). Hoje, passada a tempestade, Marlene Manave, presidente executiva da LAM, revela à EXAME que a “empresa se sustenta por si e cresce com base na sua rentabilidade e no aumento do seu negócio”.
Actualmente, a companhia aérea bandeira do país factura 4,7 mil milhões de meticais (cerca de 175 milhões de dólares) e transporta por dia mais de 1550 passageiros. Nos últimos quatro anos, o volume de negócios mais que duplicou e os resultados líquidos passaram de prejuízos a lucros de 137 milhões de meticais (cerca de 5,1 milhões de dólares) em 2011. O feito é da total responsabilidade de Manave e da sua equipa, que no campo operacional viram os proveitos aumentar a um ritmo médio de 23% por ano desde 2007 (os custos operacionais tiveram o mesmo comportamento) e os passageiros serem multiplicados por 1,6 vezes, passando de 341 mil em 2005 para 559 mil no ano passado. “Esta é a única solução para a sustentabilidade e crescimento da empresa”, salienta a gestora. Para este ano a LAM estima chegar aos 600 mil passageiros transportados, o equivalente a 1667 passageiros por dia que se deslocam entre os 10 destinos nacionais e 5 internacionais para onde voam as várias aeronaves da companhia.