Bacharel
Departamento de economia - DEE
Curso de Pós-Graduação em Economia
Lógica da Ação Coletiva e Instituições - ECO 675
Nome: Ezequiel Henrique Rezende
Matrícula: 61316
A NOVA ECONOMIA INSTITUCIONAL E UMA ANÁLISE
COMPARATIVAPARA OS PAÍSES DO BRICS
I. INTRODUÇÃO
O quadro recente de baixo dinamismo da atividade econômica no Brasil coloca para os economistas a necessidade de entender a fundo os fatores que determinam o crescimento econômico brasileiro. Do ponto de vista das políticas macroeconômicas, as políticas anticíclicas revelam claramente seus limites, resultando em deterioração das contas públicas, pressão inflacionária e evasão de capitais estrangeiros. No plano microeconômico, a elevada carga tributária associada à malha de infraestrutura defasada, a despeito dos esforços governamentais de elevação do investimento nesse setor, inibe a ação empresarial e, portanto, a expansão e sofisticação da planta produtiva. Entre outras consequências, tem-se a persistência do déficit na balança de pagamentos comprometendo a capacidade do país de arcar com os compromissos valorados em moeda estrangeira.
Considerando o papel exercido pelos países em desenvolvimento na economia mundial, esse quadro fica mais evidente ao compararmos o desempenho do Brasil com o de países em desenvolvimento e com economias semelhantes à brasileira. Ora, pois, entre os países que compõe os BRICS, o Brasil é o que menos exporta. Enquanto as exportações da China, Índia, Rússia e África do Sul representaram em média 28%, 23%,
29% e 30% do PIB para o período de 2010 a 2013, respectivamente; para o Brasil essa
cifra é de 12%. Nesse mesmo período a taxa de crescimento do PIB per capta brasileiro foi em média de 2,5%, enquanto China, Índia, Rússia e África do Sul apresentaram respectivamente taxas de 8,2%, 5,3%, 3% e 1,5%, ou seja, o crescimento da economia brasileira foi superior apenas ao do país africano (WORLD BANK, 2014).