Bacharel
1) As formas são inteligíveis em ato na medida em que estão separadas da matéria e de suas condições.
2) As formas são inteligíveis em ato pela capacidade da substância inteligente na medida em que são recebidas nela e na medida em que são elaboradas por ela.
“Nem pode alguém dizer que não é qualquer matéria que impede a inteligibilidade, mas apenas a matéria corporal.” A partir já desta primeira frase, concluímos que toda matéria impede a existência da substância inteligente. “De fato, se isto de desse apenas em razão da matéria corporal, como a matéria não é denominada corporal senão na medida em que está sob a forma corporal, então seria preciso que a matéria obtivesse isto, quer dizer, impedir a inteligibilidade da forma corporal.”
A inteligibilidade é a característica que permite o processo de conhecimento pelo intelecto. Como o intelecto conhece a forma?
Abstraindo-a da matéria na mesma proporção em que o intelecto está fora da matéria. Sendo assim, se a própria substância inteligente não estivesse abstraída da matéria, ela seria qualquer outra coisa, não substância inteligente.
“E isto não pode ser, pois também [e aí vem o a proposição que mais interessa] a própria forma corporal é inteligível em ato como as outras formas, na medida em que é abstraída da matéria”.
Isso significa 1) simplesmente que uma das propriedades da matéria corporal não é impedir a inteligibilidade da forma corporal. Vem então o
“na medida em que é abstraída da matéria”. Como as formas são
inteligíveis pela substância inteligente “na medida em que” são recebidas nela e na medida em que são elaboradas por ela. A substância inteligente tem como característica lógica estar separada da matéria.
Como prossegue o texto: “Donde,