bacharel
Pórcia, em conversa com sua criada Nerissa, se mostra bastante preocupada quanto aos pretendentes nobres que chegavam de diversas partes do mundo, já que nenhum deles lhe agradava. Porém, a jovem herdeira não possuía o direito de escolher o pretendente que achasse ideal, já que seu pai, antes de falecer, estipulou um curioso critério de escolha do futuro marido da filha Pórcia: Três cofres; sendo um de ouro, um de prata e um de chumbo. Aquele que escolhesse o cofre o qual em seu interior estivesse o retrato de Pórcia seria o pretendente digno da herdeira; independente da vontade da mesma.
Bassânio procura Shylock, um rico judeu que praticava a usura (empréstimo de dinheiro a juros); prática esta muito criticada pelos cristãos. Shylock ouve a proposta feita por Bassânio, de um empréstimo de três mil ducados por três meses, com Antônio por fiador. Shylock demonstra um profundo ódio por Antônio, por já haver cuspido em seu rosto e chamado de “cachorro”; mas principalmente por ser cristão, já que em Veneza os judeus eram muito discriminados pelos cristãos. Mesmo assim, Shylock aceita fazer o empréstimo, porém com uma condição: Caso a quantia não fosse paga no prazo estipulado, o judeu teria o direito de cortar uma libra de carne do corpo de Antônio,