bacharel
María Verónica Secr eto
A redenção do sertão e a revalorização da Amazônia são capítulos essenciais do programa traçado pelo governo para dar ao Brasil a prosperidade e a cultura que merece.
(Discurso pronunciado no estádio do Vasco da Gama, por ocasião das comemorações do Dia do Trabalhador, em 1º de maio de 1941).
Por lo demás, acumular espacio no es lo contrario de acumular tiempo: es uno de los modos de realizar esa para nosotros única operación.
Los ingleses que por impulsión ocasional o genial del escribiente Clive o de Warren Hasting conquistaron la India, no acumularon espacio,
Nota: María Verónica Secreto é professora do CPDA/UFRRJ.
Estudos Históricos, Rio de Janeiro, nº 40, julho-dezembro de 2007, p. 115-135.
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estudos históricos l 2007 – 40
sino tiempo: es decir, experiencias, experiencias de noches, días, descampados, montes, ciudades, astucias, heroísmos, traiciones, dolores, destinos, muertes, pestes, fieras, felicidades, muertes, cosmologonías, dialectos, dioses, veneraciones.
(Jorge Luis Borges, La penúltima versión de la realidad)
Introdução
Sempre que pensamos no que foi chamado de “era Vargas” vêm a nossa memória imagens urbanas, de trabalhadores industriais, de operários da construção civil. Parece que o Brasil deixou de ser agrário em 1930. É verdade que o processo de industrialização se aprofundou e o de urbanização se acelerou de forma inédita, mas muitas pessoas continuaram a trabalhar e morar no campo. O que aconteceu com essas pessoas? Todas migraram para os centros urbanos? Evidentemente, não.
O governo Vargas tinha planos para os habitantes do campo. O principal: que eles ficassem onde estavam. Os trabalhadores rurais seriam mantidos no seu “habitat” e as leis trabalhistas não os atingiriam senão num futuro que não podia ser determinado.
Considerou-se que existia um “fluxo natural”