Resumo do Artigo: Crack e Violência Urbana Como bem salienta o capítulo, o texto apresentado para analise tem por propósito coligar as especificidades do tráfico de crack que o tangenciam com o crescimento da incidência de homicídios, a partir da ideia de que a configuração do mercado de drogas ilegais varia de acordo com o tipo de entorpecente que é negociado. Tal situação classificou como uma subcultura das drogas que se trata de normas de conduta organizadas em padrões específicos de comportamento que prescrevem o que os indivíduos interessados devem fazer e as sanções em caso de não cumprimento a tais normas. O texto apresenta diversos estudos em que se relacionam o uso de armas de fogo, a marginalização, o trabalho informal, a violência e a precariedade diretamente com o crescimento do uso de drogas. Os estudos, em sua maioria nos Estados Unidos, constam como o aparecimento da droga na década de 80 entre a população de baixa renda, haja vista seu baixo preço, o que proporcionava a criação e fomentação de mercado consumidor. Deve-se entender que o aspecto psicofarmológico não é o principal responsável pelo aumento da violência, conjecturando que após seu uso o indivíduo se torne irracional e haja de forma violenta. O crescimento acentuado da violência quando se trata do crack se dá nas relações que envolvem seu comércio, o que inclui as disputas territoriais entre traficantes e usuários como seu maior expoente. No estudo realizado em Belo Horizonte, foram identificados duas formas de rede, a saber: A rede de empreendedores, que se localiza nos bairros de classe média e comercializa cocaína em pó; a rede de boca, no entanto, se encontra nos bairros periféricos e a droga proeminente é o crack. Novamente, percebe-se que o nível de violência da região analisada está diretamente relacionado ao tipo de droga traficada, pois diferem em vários aspectos, principalmente no perfil de quem compra e de quem vende e desta forma, muda completamente a rede e seus