Bacharel
Adoção
Quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
“Adoção não é ato de caridade, é de desejo. Temos que tentar garantir os direitos das crianças enquanto estiverem ainda em suas famílias biológicas, antes de serem institucionalizadas. Esse é o nosso papel”. Essa declaração, dada pela assistente social Rejane Vasconcelos, retrata a importância do engajamento desses profissionais com relação a manutenção de crianças e adolescentes no convívio de um lar e de uma família.
Milhares de crianças e adolescentes que estão em abrigos dependem da ação eficaz e rápida desses profissionais para que, primeiramente sua estadia em abrigos sejam o menos traumático possível e, depois, para que essas crianças encontrem um novo lar e uma nova família. Mesmo com tanta responsabilidade e importância, esses profissionais continuam pouco reconhecidos em suas funções, além das baixas remunerações e a precariedade do ambiente de trabalho.
Neurismar dos Santos Calixto, assistente social da Equipe Interdisciplinar de Adoção do Juizado da Infância e da Juventude desde 1997, afirma que o cotidiano de trabalho de assistentes sociais é uma verdadeira batalha. “A nossa demanda de trabalho é muito grande. Vivemos uma rotina cheia de contradições. Vamos do luxo ao lixo em um mesmo dia de trabalho, pois visitamos requerentes em casas luxuosas e depois entramos nas periferias para constatar realidades cruéis de parentes de crianças abrigadas. Ficamos tristes com sofrimento de meninos e meninas abandonados e comemoramos a vitória a cada doação”, disse.
Fundamentais para o andamento dos processos de garantia de direito da infância em situação vulnerável, assistentes sociais, em conjunto com outros especialistas, atuam em casos de adoção, guarda, tutela, destituição ou suspensão do pátrio poder, suprimento de consentimento e de idade, queixas de conduta, vitimização, pedidos baseados em discordância paterna ou materna, em relação ao exercício do