Bacharel
INTRODUÇÃO
Revestir a superfície de um objeto, conferindo-lhe maior resistência e beleza, protegendo-o contra a corrosão, não alterando suas dimensões, é uma atividade importante para o desenvolvimento industrial, crescimento econômico e geração de novos processos. A galvanoplastia, trabalho realizado pelas indústrias galvânicas, é um processo químico ou eletroquímico de deposição de uma fina camada metálica sobre uma superfície.
Este processo já vem sendo praticado desde a antiguidade, em escavações arqueológicas na Itália, foram encontrados vasos decorados com lâminas de chumbo, estatuetas recobertas por cobre e pontas de lança douradas que evidenciam a utilização de revestimento por metais desde 1.000 a.c.
O desenvolvimento da galvanoplastia está fortemente ligado à geração e aproveitamento da energia elétrica. A primeira bateria conhecida data de 250 a. c. e foi encontrada em escavações nas proximidades de Bagdá, em meio a objetos dourados e prateados. Tratava-se de um jarro de louça, contendo vinagre ou outra solução eletrolítica, vedado por tampa de resina (asfalto), com uma barra de ferro revestida por cobre que atravessava a tampa e alcançava o seu fundo. Este aparato produzia corrente contínua de aproximadamente 1,1 volt.
A denominação galvanoplastia está associada ao nome de família do anatomista e médico italiano Luigi Galvani (1737-1798), o qual estudou as diversas formas de condução de eletricidade em metais e soluções líquidas.
Na segunda metade do século XIX, com o aumento da atividade industrial, surgiram novas aplicações para o tratamento de superfícies com metais, para efeitos decorativos e visando conferir requisitos de engenharia, como proteção à corrosão e aumento de resistência.
No Brasil, o processo galvânico foi iniciado para atender requisitos decorativos de peças para bicicletas, arreios de cavalos, fivelas de cintos, bandejas, bules e ourivesaria. A vinda da indústria automobilística favoreceu o