bacharel
Do social ao ambiental:
Os “movimentos” da Teologia da Libertação
Artigo para conclusão do curso de integralização para diploma de teologia na
Faculdade de Ciências teológicas Boas
Novas, sob orientação do Professor Sergio
Backer.
Banca:
Agosto, 2011
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DO SOCIAL AO AMBIENTAL:
OS “MOVIMENTOS” DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO
José Andreze Nunes da Silva*
Sergio Becker da Silveira**
RESUMO
A presente pesquisa tem como objeto de estudo o desenvolvimento da Teologia da
Libertação nos documentos conclusivos das Conferências Episcopais da América Latina e do
Caribe – CELAM: de Medellín em 1968, de Puebla em 1979, de Santo Domingo em 1992 entre outros e livros. Analisei a Teologia da Libertação como uma teologia de movimento.
Movimento no sentido de mover-se, pois ela move-se no transcorrer do tempo sempre que ao fazer uma leitura do contexto sócio-histórica ela busca responder aos desafios encontrados nesta leitura. Para isso tal, apoiou-se em teorias sociais, como o marxismo, para reformulação teológica, visando conferir eficácia política à fé. É uma teologia que se faz em três momentos, vendo, julgando e agindo. E a Igreja é conclamada a essa tríade em cumprimento de sua missão, optando pelos pobres e conscientizando a sociedade quanto à crise ambiental.
Palavras chave: Teologia da Libertação. CELAM. Marxismo. Opção pelos pobres. Ecologia.
1 INTRODUÇÃO
A Igreja e o cristão em geral têm vivido sua experiência religiosa desligada do contexto vital. Há a crença que para ser santo deve haver a fuga do mundo. Essa posição foi duramente criticada por diversos filósofos, entre eles Nietzsche no prólogo de seu célebre livro “Assim falou Zaratustra”. Salvo alguns movimentos religiosos, como os franciscanos, só recentemente a teologia e os cristãos vêm se preocupando com o outro além da salvação da alma. No caso protestante, o I Congresso Internacional sobre Evangelização, em Lausanne, na
Suíça, entendeu