Bacharel em Design Digital
Ato pelo qual um indivíduo, organizando imediatamente as suas sensações presentes, interpretando-as e completando-as com imagens e lembranças, afastando tanto quanto possível o seu caráter afetivo e emotivo, opõe a si um objeto que julga espontaneamente distinto dele, real e por ele conhecido atualmente (percepção exterior) (LALANDE, 1996, p. 804)
A partir dessa passagem podemos definir que: percepção não é o ato de sentir, não é o sensório em si, mas não é desassociado a isso, pois a percepção organiza tais sensações. Não só as organiza como as interpreta com base em referências passadas - individuais ou estabelecidas em sociedade - em um processo de cognição de um objeto (mundo) externo real. Ou seja, a princípio a percepção é uma fase, uma parte no processo de aquisição de conhecimento. Mas não somente isso, a cognição faz parte do processo de como interagimos e reagimos ao meio, ao exterior. Dito isso, para a nossa pesquisa precisamos levantar e discutir alguns pontos para que possamos dar sentido a ela.
Primeiro precisamos ter em mente alguns conceitos prévios sobre o conceito de percepção. Como e o porquê tal conceito surgiu, e estabelecer alguns limites para que possamos trabalhar com um mesmo ponto de vista, uma mesma direção. Também se faz necessário discutir sua importância nessa relação entre o sujeito e o objeto (mundo) externo e algumas consequências de interferência na percepção. Levantar alguns questionamentos sobre a influência desses conceitos e dessas informações que temos do mundo sobre o conhecimento e o entendimento que temos de nós mesmos como seres individuais e seres que estão inseridos em uma sociedade.
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