ações de suplementação a grupos de riscos
A utilização de suplementação medicamentosa com sais de ferro para prevenir e tratar a anemia é um recurso tradicional e amplamente utilizado, sendo a forma oral de administração a preferencial. Ela pode ser usada como ação curativa em indivíduos deficientes ou profilaticamente em grupos com risco de desenvolver anemia.
A suplementação apresenta algumas dificuldades em relação ao surgimento de efeitos colaterais indesejáveis e à longa duração do tratamento. Em muitos casos, os pacientes têm dificuldade em aderir ao tratamento porque o surgimento de efeitos adversos é superior às queixas relatadas e relacionadas à própria anemia. Dessa forma, a falta de motivação para a manutenção do tratamento tem levado a situações de baixa efetividade desse tipo de terapia medicamentosa.
A reconhecida baixa adesão à estratégia de suplementação profilática é hoje questão prioritária a ser superada para que se garanta o controle da anemia por deficiência de ferro. Uma alternativa recente para a minimização desta baixa adesão tem sido a redução da periodicidade da administração das doses de sais de ferro. Estudos recentes têm demonstrado que a administração semanal propicia consideráveis reduções de efeitos colaterais (vômitos, diarreia, constipação intestinal e cólicas) frequentemente associados ao abandono da suplementação, tornando-se, dessa forma, uma excelente estratégia para o alcance de resultados mais efetivos.
Segundo Unicef, a dose semanal de ferro a ser administrada em crianças deve ser correspondente ao dobro da recomendação da Recommended Daily Allowances (RDA).
No que se refere às gestantes e às mulheres até o terceiro mês pós-parto, a Organização Mundial da Saúde preconiza a suplementação de apenas uma dose diária de 60mg, já que os problemas decorrentes da intolerância do suplemento de ferro têm sido mais freqüentemente observados quando a gestante faz uso de mais de um comprimido de 60 mg de ferro por dia.
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