Açoes
As dúvidas sobre o mercado de ações são muitas. Mas antes de descobrir as respostas, é preciso ressaltar: engana-se quem pensa que investir em renda variável, mais especificamente em ações, é algo para ''peixe grande''.
Uma prova: há cerca de vinte anos a fatia de pessoas físicas que investiam em ações não passava de um dígito; em fevereiro deste ano, porém, a taxa chegou a quase 29%, perdendo apenas para os investimentos de instituições. O percentual é o mesmo referente aos investidores estrangeiros, por exemplo, que vêem o Brasil como um bom negócio. Na prática, quem tem R$ 50 ou R$ 100 pode se tornar um investidor. E como isso funciona? Mesmo quem nunca cogitou investir já ouviu falar em ações. Nem que tenha sido nos filmes ou novelas — no famoso clichê em que herdeiros querem dar um jeito de ficar com o patrimônio do pai e, para isso, precisam comprar a parte (as ações) de um outro acionista (o dententor das ações, também chamadas de papéis).
Pensando nisso, fica mais fácil entender que "uma ação nada mais é do que um pedacinho de uma empresa", explica o professor de Economia do Centro Universitário Municipal de São Caetano do Sul (IMES) Paulo Antonio. "Quando alguém compra uma ação, se torna sócio dela (empresa)". Num conceito mais formal: ações são títulos nominativos negociáveis, a menor fração do capital social de uma companhia. Esses pedaços das empresas, as ações, são negociados (comprados e vendidos) nas Bolsas de Valores, instituição existente no Brasil desde 23 de agosto de 1890, época do ciclo do café. Uma Bolsa é, por definição, uma instituição civil sem fins lucrativos, gerida por um conselho de administração eleito e supervisionada por órgãos específicos.
Até março de 2000, vários Estados do país (Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco etc.) tinham suas respectivas bolsas. Porém, naquele mês, foi acordada a fusão de todas em apenas uma: a Bovespa (Bolsa de