Aziendalismo
Aziendalismo é uma teoria científica originada na Itália que determina como objeto de estudo da contabilidade a azienda, que por sua vez, designa como sendo o patrimônio sofrendo permanentes ações, de natureza econômica. A azienda também denominada como sendo a célula social onde o homem desenvolve atividades para a satisfação de suas necessidades.
Conforme o estudo do Professor Francisco D'Ária sobre a perspectiva de Giuseppe Cerboni na utilização do termo no Brasil, em uma obra do ano de 1949, Cerboni afirma que as ações de natureza econômica devem contar com o "pensamento administrativo" (que na realidade seria um "pensamento jurídico", porque completa dizendo que "indica ao homem o caminho do direito e da moral"). Portanto, as aziendas seriam entidades econômico-administrativas, porém com o sentido administrativo que lhe deu Cerboni.
Sem reunir essa conotação jurídica, pode-se entender azienda como o correspondente contábil da velha concepção econômica de organização (chamada de instituição na esfera pública). Esse conceito teve origem quando economistas clássicos que determinaram os três "fatores econômicos" (capital, terra e trabalho) não conseguiram explicar contentamente a geração de riquezas, principalmente a partir do surgimento de grandes corporações mercantis. Assim, começou-se a introduzir a organização como o quarto fator. Caberia à Contabilidade a função de mensurá-lo e explicar o produto econômico obtido de forma sistêmica a partir da seguinte estrutura: organização (exposta como um conjunto de pessoas) e patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações), este sofrendo a ação e a influência daquela, tendência observada nas teses de Herrmann Jr. e dos contabilistas de influência latina.
Presentemente a teoria da azienda quase que não é discutida na Contabilidade aplicada no Brasil, tendo em vista que vem sendo substituída pelos conceitos de gestão da forma como é entendida pelos contabilistas anglo-americanos. Contudo, os juristas