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1. A ação do filme passa-se em 2154 num planeta selva chamado “Pandora” que será um satélite de um gigante gasoso no sistema de Alfa de Centauro, a 4,4 anos-luz da Terra. Enfim, 4,4 ou 4,2… Já que Alfa é um sistema triplo, com duas estrelas Alfa de Centauro A e Alfa de Centauro B rodando em torno de um centro gravitacional comum o que faz com que nesta rotação as estrelas possam estar mais próximo de nós, a 4,2 anos-luz. Uma qualquer viagem humana a Alfa tentaria chegar no momento de maior aproximação, exatamente como se faz hoje com as missões que se enviam a Marte e não quando o afastamento é maior, a 4,4 anos. Aqui encontramos pois o primeiro erro astronómico em “Pandora”.
2. Pandora é um satélite muito húmido, e logo, próximo da sua estrela. Não há muito tempo atrás, e como Pandora orbita um gigante gasoso, esperava-se que todos os Sistemas Planetários tivessem uma distribuição idêntica à do Sistema Solar, mas desde então foram detetados dezenas de planetas gigantes em órbitas muito próximas da sua estrela, pelo que em termos estritamente astronómicos um satélite como Pandora parece plausível. Mas os planetas gigantes parecem ter uma propensão a serem grandes emissores de radiação e serem geradores de grandes ondas gravitacionais que provocam terremotos frequentes e de grande amplitude nas suas luas. Isso mesmo é observável em Saturno e em Júpiter e tais perturbações (muito mais intensas que na Terra) podem prejudicar o lento e gradual desenvolvimento da vida até ao nível em que esta nos é apresentada no filme de James Cameron.
3. A