Avaliação preliminar de efluentes com possível contaminação, utilizando teleostei paulistinha (danio rerio)

Justificativa
A poluição das aguas superficiais é causada principalmente pelo lançamento, direto ou indireto, de despejos industriais, domésticos e agropecuários, não tratados ou insuficientemente tratados (KNIE & LOPES, 2004).
Nas últimas décadas, tornou-se evidente a necessidade de se tomarem providências para o controle do descarte de resíduos, evitando que os recursos naturais como a água, o solo e o ar tornem-se ainda mais degradados (BENDASSOLII et al., 2003).
O cenário econômico restritivo e o crescente rigor da legislação ambiental provocaram o aumento da busca por estratégias para minimizar a geração de efluentes e os danos ao ambiente (ALBA et al., 2006).
Segundo Bertoletti (1990), muitos desses efluentes são extremamente complexos, podendo conter grande diversidade de poluentes para o ambiente aquático e seus efeitos biológicos não podem ser caracterizados apenas pelas analises tradicionais. Para uma caracterização adequada e um melhor controle desses efluentes, a estratégia mais eficiente, seria o uso integrado de analises físico-químicas e ecotoxicológicas.
Embora a avaliação ecotoxicológica seja uma ferramenta de suma importância para a análise da saúde ambiental dos ecossistemas aquáticos, são poucas as exigências da legislação brasileira com relação à ecotoxicidade de despejos de fontes poluidoras (MAGALHÃES; FERRÃO FILHO, 2008).
Zagato (1998) informa ser costumeira a realização do monitoramento ambiental por meio de análises físico-químicas de águas residuarias. Contudo, nos últimos 20 anos, os testes de toxicidade com organismos aquáticos tornaram-se uma ferramenta efetiva para avaliação de efeitos de poluentes sobre os organismos vivos, e de risco/periculosidade de agentes químicos, para o monitoramento da qualidade da água e estabelecimento de limites permissíveis de lançamento de efluentes nos corpos hídricos.
Para Magalhães e Ferrão Filho (2008), os testes de ecotoxicidade, ou bioensaios, são instrumentos da ecotoxicologia, que servem