AVALIAÇÃO MEDIADORA
O livro é conseqüência de debates e de estudos deles decorrentes, realizados pela autora. É prosseguimento de experiências anteriores e significa ato contínuo de reflexão, relato de cotidiano dos professores em termos de avaliação. Resulta de uma constante busca teórica para responder às questões que surgiram nos debates, acompanhamento de projetos e assessoria a escolas e, ao mesmo tempo, reflexo de vivências de educadores com quem esteve envolvida nos últimos tempos.
Por uma escola de qualidade
Há um conceito que as escolas não oferecem o ensino competente à semelhante das antigas gerações. Essa questão é analisada a partir de três pontos fundamentais
a) O sistema de avaliação tradicional classificatório, assegura um ensino de qualidade? Não se pode falar em melhoria de qualidade sem antes atender ao direito da criança ao ingresso a todos os níveis do processo escolar; de manter esse aluno na escola favorecendo seu acesso ao saber e a continuidade de estudos. A questão da qualidade deve absorver duas preocupações; escola para todas as crianças e que perceba a educação como direito da criança, que a compreenda no sentido de promovê-las a cidadãos participantes. A escola de qualidade dá conta de todas as crianças brasileiras, concebidas em sua realidade concreta com todos os seus problemas e limites. Caminho para o desenvolvimento = escola igualitária, que acolhe as crianças em conflito e as projete para o futuro conscientes de seu papel para uma possível transformação.
b) Manutenção de notas e provas é garantia de efetivo acompanhamento... há sempre muita dificuldade e resistência para mudar o que está estabelecido. Deve-se entender que não-reprovar não significa não-avaliar o aluno. O significado de avaliação na escola é muito próprio. A manutenção de notas e provas é defendida por professores, alunos, família e sociedade. Elas se configuram como redes