Avaliação do estado de assoreamento do reservatório de Cachoeira Dourada
Os materiais particulados transportados por cursos d’ água quando depositados em um reservatório reduzem o seu volume útil, o que pode danificar turbinas e bloquear as tomadas de água e comportas. Para que medidas preventivas possam ser viabilizadas, a capacidade de predizer o volume de material sedimentado e sua distribuição não uniforme em reservatórios é muito importante. Neste trabalho objetivou-se avaliar o estado de sedimentação. Visando-se aplicar métodos de previsão para a tomada de medidas mitigadoras em relação ao assoreamento do reservatório de Cachoeira Dourada, localizado no rio Paranaíba, divisa entre os estados de Goiás e Minas Gerais. Os métodos utilizados na pesquisa consistiram em determinar parâmetros sedimentológicos, pluviométricos e limnológicos. Os conjuntos de dados utilizados provêm de arquivos históricos e de duas campanhas a campo, realizadas no ano de 2003 e 2005, ao longo dos 57 Km de extensão do reservatório. A partir da analise dos dados foi possível verificar que as principais áreas-fontes de sedimentos da bacia hidrográfica do reservatório, indicadas pelos parâmetros pluviométricos encontram-se na região de abrangência do posto
Avantiguara, que fornece material a partir da alteração e erosão das rochas da
Formação Vale do Rio do Peixe e da área de abrangência do posto brilhante, que fornece material proveniente da alteração das rochas da formação Marília. Conforme os dados limnológicos, os principais locais de aporte de sedimentos em suspensão ocorrem entre os córregos do Paiol e do Candango e na desembocadura do rio
Piedade com o reservatório, influenciados pelos materiais oriundos das Formações
Vale do Rio do peixe e Marília. A análise granulométrica do material de fundo do reservatório indica a deposição de silte e argila no setor próximo ao barramento, material arenoso fino a muito fino no setor