Av4 Psicologia Educacional
O fenômeno transferêncial foi apresentado no ano de 1900 por Freud, o pai da psicanálise, no texto ” a interpretação dos sonhos”.
A transferência não é um conceito restrito a vivencia apenas da área da psicanálise clinica, pode operar de forma constante e presente em relações onde ocorram pessoas com posição de autoridade, como professores, médicos, chefes.
Segundo Sigmund Freud, a criança ao ter uma relação com pessoas com posição de autoridade, ira investir nelas sentimentos que eram dirigidos anteriormente aos seus pais (em especial ao pai) durante o Complexo de Édipo, os professores ocuparão o papel de “pais substitutos”, herdando os sentimentos que inicialmente foram endereçados aos pais. Se essa relação de transferência ocorrer entre a criança e o professor, assim se dará o estabelecimento das condições para o aprender, que segundo Kupfer (2010) “é independente de qual conteúdo se trate. “
No dia-a-dia escolar, durante o ensino médio e até mesmo fundamental, muito de nós apresentamos maior facilidade com uma determinada matéria quando gostamos do professor. A transferência positiva ajuda na facilidade de um aluno absorver o conteúdo dado em sala de aula.
Na psicanálise, “o termo refere-se ao deslocamento de sentimentos de toda ordem, entre personagens diversos.” (KUPFER, 2010).
Em alguns momentos pode ocorrer que a criança não veja a figura professor como alguém diferenciado dela mesma, um sujeito que comporta um suposto saber. Esse fato dificulta a ação do professor, que pode se queixar de não ser ouvido em sala de aula, não ser notado pelos alunos. A transferência nessa situação citada não foi efetivada na criança, que possivelmente pode não ter passado pela inscrição de determinados dispositivos em seu processo de constituição subjetiva. Pode ocorrer em alguns casos que com o tempo a criança consiga estabelecer uma relação com o professor, que pode ser caracterizada tanto de amor quanto de agressividade.