O livro Auto do busão do inferno começa narrando um diálogo na sala dos professores do colégio São Gonçalo, onde os mesmos estão discutindo sobre os apelidos que os alunos do 1º ano A lhe batizam, alguns deles chegam á falar que o único modo de controlar os alunos é chutar a porta, cantar e rebolar e aplicar vários zeros. Assustada com o que ouve, Lola – a mais nova professora de português – se pergunta quais os apelidos que lhe darão. Lola era baixinha e por isso podia ser confundida com uma aluna, ela tinha acabado de sair de um colégio, Ensinar Aprendendo, onde lhe deram as contas por não seguir o material entregue á risca, Lola pretendia e preferia dar aulas mais descontraídas onde os alunos poderiam interagir mais e também aprender mais. Ao entrar na turma do 1º ano A, a professora se apresentou e tomou conhecimento de que todos ali tinham um apelido, um dos alunos, Luís Alberto, ou melhor, Poste, um aluno vítima da separação dos pais e, automaticamente, do abandono da figura paterna em sua vida, sem a presença do pai, Tato se afoga em livros, criando assim –mesmo não aparentando – um poeta sensível dentro de si, Lola percebe isso ao pedir que seus alunos façam um texto falando sobre quem são, Tato a surpreende, fazendo com que Lola se interesse pelo aluno. Um dia, a professora pede aos alunos para fazerem uma peça de teatro sobre o livro Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, á partir daí, á cada dia Lola lê o livro para os alunos e explica a história, revelando que o autor faz sérias críticas á sociedade em forma de piada, e que, por isso, as pessoas acabam não ligando, Lola explica que Gil Vicente narra a história de pessoas que morreram e agora estão em julgamento se vão para o céu ou para o inferno, todos, obviamente, pretendem ir para o céu, mas são poucos que realmente conseguem isso. Entre uma explicação e outra, Tato é pego fumando maconha no colégio, por isso, a diretora quer que ele assine uma advertência, mas o garoto se recusa, Lola consegue