Autarquia e autonomia em “depois da chuva” de takashi koizumi
353 palavras
2 páginas
UFRRJAluno: Henrique A. Barros Santos
Disciplina: Introdução à Filosofia
Curso: Relações Internacionais
Autarquia e autonomia em “Depois da Chuva” de Takashi Koizumi.
No filme “Depois da Chuva”, dirigido por Takashi Koizumi, o personagem principal, Ihei Misawa, é um Samurai sem senhor que diante da impossibilidade de seguir sua jornada, devido chuvas intensas, acaba por permanecer em uma hospedaria com sua esposa. Porém ele se depara com hóspedes muito pobres que vivem em condições muito difíceis e assim começa a agir de forma para melhorar a vida de todos e levar a felicidade até eles. É possível notar em suas atitudes um desejo muito grande de manter a harmonia entre todos a todo custo. Ele age sempre de maneira muito gentil e bondosa. Nessa busca pela felicidade coletiva, Misawa realiza atividades que são consideradas pela sociedade feudal japonesa como desonrosas para a sua condição de Samurai. Mas por ser um homem corajoso e dotado de muita virtude, este não se importa com o meio, mas sim com o objetivo alcançado por ele. Esta característica do personagem remete ao pensamento aristotélico sobre a autarquia e em certos momentos do filme, dialoga com a concepção de Kant de autonomia. É possível observar uma distinção entre o Samurai e o Senhor feudal no momento em que o cargo de confiança que é oferecido à Misawa é retirado devido a descoberta do Senhor, dessas suas atividades para ganhar dinheiro e dividi-lo com os pobre, consideradas vergonhosas pela sociedade. Misawa continua com seus objetivos e princípios inalterados e o Senhor feudal é claramente influenciado pelo pensamento pré existente na vida do meio social em que se encontram. A dificuldade para o Samurai executar suas atitudes esclarecidas, pois ele demonstra em todos os momentos a coragem para agir de forma autônoma e coerente com o que lhe fará feliz e trará felicidade para outras pessoas, é justamente o fato da sociedade o reprimir e não compreender a sua forma de pensar