Australopithecus
Uma das árvores de evolução genealógica mais recente, e que reúne mais consenso entre os investigadores, coloca o Australopithecus anamensis na base da linhagem evolutiva do género Homo e do Homem moderno. Esta árvore parece comprovar de igual modo que o Australopithecus aethiopicus não está na base evolutiva dos Australopithecus boisei e robustus.
As recentes investigações conduzidas sobre os restos fósseis exumados pelo paleontólogo britânico Ron Clarke em Sterkfontein (África do Sul), classificados com a designação StW573, concluíram que os Australopithecus herdaram o carácter bípede de um antepassado primata há cerca de 25 milhões de anos. Os trabalhos determinaram de igual modo que a quase totalidade dos Australopithecus conhecidos (exceção para o anamensis) não é integrável diretamente no processo evolutivo humano, resultando num braço paralelo, semelhante ao ocupado pelos atuais grandes primatas e pequenos macacos arborícolas, partilhando somente com o Homem o mesmo antepassado comum.
As características gerais dos Australopithecus são fundamentalmente as seguintes: bípede; pequeno tamanho, em redor de 1/1,5 m; cérebro mais volumoso (400 a 500 cm3); cavidade cerebral pouco elevada, muito estreita na região frontal, com um occipital anguloso; face muito saliente e maciça, proveniente da robustez das mandíbulas, maxilares e arcadas zygomáticas; pré-molares e molares