Aulas 1 e 2
Apresentação do curso e introdução.
GEOTECNIA I – AULA 2 – 26/02/2014
A origem dos solos
Todos os solos se originam da decomposição das rochas que constituíam inicialmente a crosta terrestre. A decomposição, também conhecida como intemperismo ou meteorização, é decorrente de agentes físicos e químicos. Os agentes de decomposição, por sua vez, são conhecidos como intempéries.
Variações de temperatura provocam trincas, nas quais penetra a água, atacando fisicamente e quimicamente os minerais. O congelamento da água nas trincas, entre outros fatores, exerce elevadas tensões, do que decorre maior fragmentação dos blocos. A presença de fauna e flora promove o ataque químico, através da hidratação, hidrólise, oxidação, lixiviação, troca de cátions, carbonatação, etc. O conjunto destes processos, que são muito mais atuantes em climas quentes do que em climas frios, leva à formação dos solos que, em consequência, são misturas de partículas pequenas que se diferenciam pelo tamanho e pela composição química (PINTO,
2002).
Normalmente,
os
processos
de
intemperismo
atuam
simultaneamente;
em
determinados locais e condições climáticas, um deles pode ter predominância sobre o outro. Em geral, os solos são classificados pelo último processo ocorrido, levando somente em conta os processos anteriores de uma forma secundária (VARGAS,
1977).
O solo é uma função da rocha que lhe deu origem e dos diferentes agentes de decomposição a que foi submetido (CAPUTO, 1980).
Classificação dos solos pela sua origem (PINTO, 2002; VARGAS, 1977)
Solos residuais – são aqueles que permanecem no local em que se formaram, antes ocupado pela rocha que lhe deu origem. Os solos residuais apresentam-se em horizontes com grau de intemperização decrescente, cujas transições são gradativas
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e, portanto, arbitrárias. Eventualmente, um ou outro horizonte pode estar ausente em um perfil de solo residual.