Aula-tema 04: O caminho da sustentabilidade: dimensões e indicadores
Os agentes etiológicos da leishmaniose visceral são protozoários tripanosomatídeos do gênero
Leishmania, parasita intracelular obrigatório das células do sistema fagocítico mononuclear, com uma forma fl agelada ou promastigota (Fig. 4), encontrada no tubo digestivo do inseto vetor e outra afl agelada ou amastigota (Fig. 5) nos tecidos dos vertebrados. No
Novo Mundo, a Leishmania (Leishmania) chagasi é a espécie comumente isolada em pacientes com LV.
Forma flagelada ou promastigota
Forma aflagelada ou amastigota
Os vetores da leishmaniose visceral são insetos denominados fl ebotomíneos, conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquiras, birigui, entre outros. No Brasil, duas espécies, até o momento, estão relacionadas com a transmissão da doença Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi. A primeira espécie é considerada a principal espécie transmissora da L. (L.) chagasi no Brasil e, recentemente, L. cruzi foi incriminada como vetora no Estado de Mato Grosso do Sul.
No Brasil, a distribuição geográfi ca de L. longipalpis é ampla e parece estar em expansão.
Esta espécie é encontrada em quatro das cinco regiões geográfi cas: Nordeste, Norte,
Sudeste e Centro-Oeste.
Nas regiões Norte e Nordeste, a L. longipalpis era encontrada originalmente nas matas participando do ciclo primário de transmissão da doença. Progressivamente houve adaptação desse inseto para o ambiente rural e sua adaptação a este ambiente foi somada à presença de animais silvestres e sinantrópicos.
Recentemente, ao fi nal da década de 80, verifi cou-se a adaptação deste vetor aos ambientes urbanos, em periferias de grandes centros, principalmente na Região Sudeste, podendo ser encontrados no peridomicílio, em galinheiros, chiqueiro, canil, paiol, entre outros ambientes e também no intradomicílio.
Esses insetos são pequenos, medindo de 1 a 3 mm de comprimento. Possuem o corpo revestido por pêlos e são de coloração clara (castanho claro ou cor de