Aula de Pontes
1 Introdução
Mostra-se no que segue um exemplo de determinação das solicitações permanentes e móveis das longarinas que formam – juntamente com a laje e a transversina de apoio - o tabuleiro de uma ponte Classe 45. O modelo estrutural que se adota é o mais simples possível – a ser refinado numa análise definitiva – e admite a laje como uma seqüência de vigas funcionando apenas na direção transversal. Além disso, a rigidez à torção das longarinas é desprezada. Com isto, a ligação laje-longarina só transmite força vertical, como uma articulação interna fixa. Ver a Figura 1.
No item 6 a longarina, protendida em pós-tração com aderência posterior, é verificada para os principais estados limites.
Revestimento asfáltico, variável de 0,11 m a 0,04 m
0,50 m
0,50 m
2%
0,20 m hfl= 0,20 m
1,70 m
(a) Seção transversal.
1,50 m
0,50 m
2,00 m
4,00 m
(b) Transversina de apoio. (c) Modelo estrutural.
Articulação fixa
(c) Vão da ponte.
l = 30,00 m
Figura 1: (a) Seção transversal; (b) Transversina de apoio; (c) Modelo estrutural; (d) Vão da ponte. UEL Centro de Tecnologia e Urbanismo, Departamento de Estruturas, Pontes, Prof. Roberto Buchaim, Abril 07
1
2. Características geométricas
2.1 Longarina
A largura colaborante da laje, cf. a Figura 2, é definida pelas seguintes parcelas: b fl = b3 + bw + b1
onde, de acordo com a NBR 6118:2003, item 14.6.2.2, as parcelas da laje são limitadas a (com a = distância entre pontos de M = 0 , donde no caso a = l = 30 m ):
0,10a = 3,00 m b3 ≤
= 1,50 m
1,50 m
0,10a = 3,00 m b1 ≤
= 2,00 m
2,00 m
Sendo bw = 0,50 m , resulta a largura colaborante da laje (a ser usada tanto na análise quanto no dimensionamento) igual a: b fl = b3 + bw + b1 = 1,50 + 0,50 + 2,00 = 4,00 m
ou seja, toda a laje pode ser considerada como participante da viga. bfl=4,00 m
x
x hfl= 0,20 m
1
1
2
1,70