AULA 2 GEOLOGIA Estrutura Terra

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL – GEOLOGIA APLICADA
Prof. Otávio Cristiano Montanher – AULA 2 – Estrutura da Terra
Sismicidade
As placas litosféricas (ou placas tectônicas) constituem porções distintas da crosta terrestre que movem-se lentamente (poucos cm/ano). Esses movimentos provocam o acúmulo de tensões (σ = F/A), distensivas ou compressivas. Embora boa parte das rochas sejam materiais que possuem alta resistência mecânica, é muito comum na natureza que a tensão acumulada sobre elas exceda seu limite de resistência.
Quando isso ocorre, há uma ruptura (Figura 1):

O plano de ruptura é a falha geológica; o ponto onde inicia-se o movimento é o hipocentro ou foco; a projeção desse ponto em superfície é o epicentro.
O movimento rápido entre os blocos em questão gera vibrações que se propagam em todas as direções, constituindo os terremotos.
Nota: o termo terremoto é utilizado para grandes eventos catastróficos, enquanto os termos: tremor, ou abalo sísmico são voltados para eventos de menor magnitude.

Figura 1. Esquema de uma ruptura da crosta.

A magnitude dos terremotos é medida pela escala Richter, a qual baseia-se na amplitude da onda medida por um sismógrafo. Sendo o valor da escala (entre 0 e 10) = x, o valor energético do terremoto é
10

/

kw/h.

Ondas de propagação
Em um terremoto são produzidas ondas (P, S, L) que possuem características de propagação distintas: Ondas P: no meio sólido, quanto maior a densidade, maior a velocidade de deslocamento; ao penetrar no meio líquido, a velocidade cai abruptamente, e a onda é refratada e refletida;
Ondas S: não se propaga em meio líquido;
Ondas L: ondas longas de superfície (não são úteis em estudos do interior terrestre)
As ondas P ocorrem no mesmo sentido de propagação, ao passo que as ondas S são transversais. As ondas L são combinações dos dois tipos citados, ocorrendo apenas em superfície (Figura 2). A Terra possui aproximadamente 6300 km de raio. Desse total, as perfurações