Aula 16
R7 Notícias – “Sequestro na Nigéria completa um mês e a maioria das estudantes permanece nas mão do grupo radical” (14/05)
Fato
Em abril, sequestrou as mais de 200 estudantes em Chibok, localizado no Noroeste da Nigéria dizendo que iria tratá-las como escravas e casá-las, numa referência a uma antiga crença islâmica de que as mulheres capturadas em conflito fazem parte do "espólio de guerra". Levadas em direção a floresta de Sambisa, uma mata densa e difícil acesso.
O grupo Boko Haram, anunciou nesta segunda feira (12) que as vítimas serão libertadas apenas no caso de uma troca com o governo por prisioneiros islamitas.
O caso está sendo acompanhado em todo o mundo e várias personalidades como Michelle Obama e Malala se reuniram para protestar contra o sequestro.
Foram lançadas as campanhas "Bring Back Our Girls" (Traga de volta nossas garotas, em tradução) e "Real Men Don't Buy Girl" (Homens de verdade não compram meninas, em tradução), que buscam conscientizar o mundo sobre a situação no país.
Entenda o “Boko Haram”
O grupo militante islâmico Boko Haram luta para derrubar o governo e criar um Estado islâmico. Além de sequestros, ele também realiza, desde sua fundação no norte do país em 2002, atentados e assassinatos. Seus integrantes seguem a seguinte frase do Alcorão, o livro sagrado dos mulçumanos: "Qualquer um que não é governado pelo que Deus revelou está entre os transgressores".
O Boko Haram prega uma versão do Islã que proíbe que os muçulmanos tomem parte em qualquer atividade política ou social relacionada com a sociedade ocidental.
Desde que o califado de Sokoto, que governou partes do que é hoje o norte da Nigéria, o Níger e o sul de Camarões, caiu sob o controle britânico em 1903, alguns muçulmanos da região apresentam resistência à educação ocidental.
Eles se recusam a enviar os seus filhos para "escolas ocidentais" administradas pelo governo, um problema agravado pela elite dominante local, que não vê a