Aula 04 Materiais A o
04 - Materiais
Prof. M.Sc. Jorge de Almeida Brito
Júnior
Vai para o forno, ou não vai?
Introdução
Você já parou para imaginar um mundo sem coisas simples como facas, agulhas de costura, chaves, fechaduras, alfinetes, lâminas de barbear? Pois é, não faz muito tempo, na verdade cerca de 500 anos - o que não é muito, se comparado com a história da humanidade -, esses objetos eram considerados artigos de luxo. Isso acontecia porque o homem usava processos de beneficiamento rudimentares para a produção do ferro.
Vai para o forno, ou não vai?
Por não ter os conhecimentos tecnológicos necessários, ele não sabia como obter temperaturas de processamento mais altas, como controlar a quantidade de carbono no ferro e como fazer o ferro sair líquido do forno. Desse modo, ele só conseguia produzir pequenas quantidades a cada dia.
Nossa aula vai contar para você como o homem conseguiu aumentar a produtividade, melhorar a qualidade e ampliar a oferta de produtos fabricados, a partir dos metais ferrosos. E o desenvolvimento do processo de fabricação do ferro-gusa foi essencial para que isso se tornasse realidade. Foi um longo caminho através da História. Vale a pena conhecê-lo.
Do buraco no chão ao alto-forno
Para poder fabricar o ferro fundido e o aço, você precisa do ferro gusa. É um material duro e quebradiço, formado por uma liga de ferro e carbono, com alto teor, ou seja, uma grande quantidade de carbono e um pouco de silício, manganês, fósforo e enxofre.
O grande problema tecnológico que envolve a fabricação do gusa, é a obtenção das altas temperaturas que favoreçam a absorção do carbono.
Do buraco no chão ao alto-forno
Um povo chamado Hitita foi o primeiro a explorar a
“indústria” do ferro, mais ou menos 1.700 anos antes de
Cristo, ao sul do Cáucaso. Para obter o ferro, eles faziam um buraco no chão e, dentro dele, aqueciam uma mistura do minério e carvão vegetal.
Desse modo, formava-se uma massa pastosa que eles batiam, para eliminar as