AULA 03 ESCOLA DOMINICAL 19 ABRIL
1895 palavras
8 páginas
O termo “escriba” é muito abrangente. Na época de Esdras (vide livro bíblico de mesmo nome, no capítulo 7) os escribas eram sacerdotes copistas, extremamente cuidadosos, da Torá (Lei de Moisés). Porém, nos dias de Jesus, os escribas eram indivíduos com muito estudo e conhecimento, que dedicavam boa parte de suas vidas ao estudo e instrução da Lei (não necessariamente eram sacerdotes). Interpretavam e ensinavam as Leis de Moisés (chamada de Torá escrita), associadas a alguns princípios jurídicos e culturais (Torá oral ou “Tradição dos antigos” – capítulo 15 de Mateus e capítulo 7 de Marcos). Os judeus sofreram com a invasão grega, no século IV a.C. Pode-se dizer que, a partir daí, foram divididos em, pelo menos, dois grupos religiosos: saduceus e fariseus. O primeiro defendia uma conciliação entre a Lei mosaica e os costumes gregos e era representado principalmente pelos sacerdotes. O segundo segmento não aceitava essa “miscigenação”. Teve a adesão da maioria dos escribas e obteve o apoio quase unânime do povo judeu. Os saduceus geralmente eram ricos e ocupavam cargos de prestígio em Israel, como o de sumo sacerdote. Eram também a maioria no Sinédrio (conselho que julgava assuntos da lei judaica e da justiça criminal, na Judéia e em outras províncias). Tinham uma grande preocupação em acatar as decisões de Roma (que dominava Israel no período em questão), dando, muitas vezes, mais importância à política do que à religião. Vale destacar que os saduceus não eram bem vistos pelo povo, já que faziam parte da elite e apoiavam os romanos. Esse grupo deixou de existir após a destruição do Templo de Jerusalém, em 70 d.C., já que tinha uma forte tendência política. Os fariseus geralmente eram indivíduos de uma classe social intermediária. Embora fossem minoria no Sinédrio, eram indispensáveis, pois tinham o apoio do povo judeu. Essa popularidade rendia-lhes muitas conquistas no conselho. Várias outras diferenças, entre fariseus e saduceus, podem ser