Augusto conte
Em 1814, aos dezesseis anos de idade, com interesse pelas ciências naturais, conjugado às questões históricas e sociais, ingressou na Escola Politécnica de Paris. No período de 1817-1824 foi secretário do conde Henri de Saint-Simon, expoente do socialismo utópico. São dessa época algumas fórmulas fundamentais: "Tudo é relativo, eis o único princípio absoluto" (1819) e "Todas as concepções humanas passam por três estágios sucessivos - teológicos metafísicos e positivos -, com uma velocidade proporcional à velocidade dos fenômenos correspondentes” (1822) - "lei dos três estados".
Em 1824 rompeu com Saint-Simon ao discordar das idéias deste sobre as relações entre a ciência e a reorganização da sociedade. Comte estava convicto que o mestre priorizava auxílio à elite industrial e científica do período com sacrifício da reforma teórica do conhecimento.
Em 1826 sofreu um colapso nervoso enquanto trabalhava na criação de uma filosofia positiva, supostamente desencadeado por "problemas conjugais". Recuperado, iniciou a redação de Curso de filosofia positiva (renomeado para Sistema de filosofia positiva em 1848), trabalho que lhe tomou doze anos.
Em 1842 perdeu o emprego de examinador de admissão à Escola Politécnica por criticar a corporação universitária francesa. Começou a ser ajudado por admiradores, como o pensador inglês John Stuart Mill (1806-1873). No mesmo ano separou-se de Caroline Massin, após 17 anos de casamento. Em 1845 apaixonou-se por Clotilde de Vaux, que morreria no ano seguinte por tuberculose.
Entre 1851 e 1854 redigiu o Sistema de política positiva, no qual expôs algumas das principais conseqüências de sua concepção de mundo não-teológica e não-metafisica, propondo uma interpretação pura e plenamente humana para a sociedade e sugerindo soluções para os problemas sociais; no volume final da obra apresentou as instituições principais de sua Religião da Humanidade.
Em 1856 publicou o primeiro volume de Síntese Subjetiva,