Atuação avaliativa de alguns professores.
Antes de falar sobre a atuação avaliativa de professores se faz necessário apresentar algumas visões acerca do significado do ato de avaliar.
“avaliação só faz sentido se favorecer a aprendizagem. Todavia, não se realiza aprendizagem qualitativa, sem avaliar. Quando se combate o tom classificatório, [...] pretende-se, no fundo, superar abusos da avaliação, no que estamos todos de acordo, mas não se poderia retirar daí que avaliação, de si, não é fenômeno classificatório. Será mister distinguir acuradamente entre abusos da classificação, de teor repressivo, humilhante e punitivo, e efeitos classificatórios implicados em qualquer processo avaliativo, também quando dito qualitativo”. (2002, p. 2 – 3)
De acordo com Pedro Demo em seu livro “mitologias da avaliação” não existe avaliação sem aprendizagem, essa por sua vez precisa ser avaliada para a garantia da sua qualidade. Porem a avaliação não pode ser abusiva ao ponto de ser classificatória, repressiva, punitiva, humilhante e excludente. Nesse processo o avaliador e o avaliado sofrem e buscam uma mudança qualitativa.
A avaliação é classificatória por levar em consideração um sistema de notas ou conceitos que classificam o aluno (a) para sempre. Se a ele é atribuído uma nota três ou um conceito “C”, isso implica que ele não é sábio (a) enquanto o outro (a) que obteve nota 10 ou conceito “A” é sábio (a). Ou ainda, a classificação reprovado (a), os coloca numa posição de inferioridade para sempre. Dessa forma, esse tipo de avaliação é excludente, humilhante, punitiva e repressiva na medida em que seleciona e separa os sábios dos “não sábios”.
Na tirinha percebe-se que o modo como a aluna foi avaliada é classificatório na medida em que a professora usou o conceito “C” no trabalho desenvolvido pela aluna. Ao avaliar dessa forma não se leva em consideração o processo de construção de conhecimento. Nesse processo está implícito a sua vivencia em família, na escola, na