Atualização do Assistente Social
A inexistência – ou quase – de uma demanda a partir dos setores da população que são objeto prioritário da prática profissional dos Assistentes Sociais Marca essa atividade com o selo da imposição. A partir do momento em que a “Secularização” e o alargamento da base social de recrutamento – o meio profissional passa a ser composto principalmente por elementos provenientes dos setores sociais subalternos – se acentuam , isto é , a partir do momento em que ultrapassa os limites do “Bloco Católico” , a profissão não poderia deixar de ser profundamente marcada por aquela especificidade.
Justificar para as classes dominantes – para o empregado, para os altos escalões do aparelho de Estado – a necessidade de seus serviços e , ao mesmo tempo , apresentar resultados . O fato de orientar- se o Serviço Social essencialmente aos Setores Médios – para os quais representa um campo de emprego – e ás classes dominantes a ao Estado – que representam a demanda – cria uma situação específica em que o desenvolvimento da instituição depende diretamente do crédito de confiança de seus credores. Os Congressos e Seminários aparecem, assim, como acontecimentos extremamente importantes para o desenvolvimento das estratégias de confirmação e autojustificação.
Os Congressos de Serviço Social na década de 1940:
“Fronteamos, portanto, uma atividade onde o bem – estar social da pessoa humana é a nota dominante, onde a preocupação com a sorte do homem tomado individualmente ou em grupo é o caráter decisivo e , por isso mesmo , embebido naquela concepção de vida , a concepção cristã , onde todas as soluções se encontram , para onde todos os ideais de concórdia convergem, onde todas as aspirações de paz se cruzam , se entretecem , se misturam.
O primeiro Congresso Brasileiro de Serviço Social é promovido em 1947 pelo CEAS – Centro de Estudos e Ação Social. Constitui – se no primeiro grande conclave que reúne representantes das principais entidades particulares