Atual economia russa
Naqueles anos, o PIB russo cresceu 185%, comparado com 1998. Sua média de crescimento anual foi de 7,3%.
Foi isso que fez da Rússia um dos países dos Brics, assim definidos pela Goldman Sachs. Estes países são vistos como locomotivas do crescimento no início do século 21.
Mas é válido lembrar que este crescimento seguiu uma crise muito difícil e as comparações foram feitas com os piores dias da crise.
Comparada com o nível de 1989, a inflação fez os preços serem 108% mais altos em 2008.
Neste mesmo período a população russa começou a gastar mais e poupar menos. A poupança interna caiu de 31% para 19% do PIB.
No geral, portanto, o período de 1998 a 2008 foi de crescimento reconstrutor. E os fatores que o definiram são improváveis de se repetirem. Mesmo se o fizerem, seu efeito será provavelmente muito mais brando.
Negócios e política
Esta década pode ser dividia em duas partes distintas.
A primeira (de 1999 a 2003) viu rápido crescimento econômico e cooperação entre empresas e autoridades. A atividade empresarial foi forte, empresas que vinham tendo produtividade baixa reverteram a tendência e os preços do petróleo permaneceram moderadamente baixos (entre US$ 20-25 pelo barril, em média).
Mas em 2003, um novo conflito entre empresas e governo se tornou aparente. Ela culminou na condenação e prisão dos empresários bilionários Mikhail Khodorkovsky e Platon Lebedev.
Politicamente, as regulamentações eleitorais foram endurecidas e o regime como um todo se tornou menos liberal.
O segundo estágio (os anos de 2004 a 2008) viu o Estado interferir mais e mais na economia, com a queda da atividade empresarial. No entanto, isso acontecia em um cenário de preços altos do petróleo e crédito internacional barato.
Estes fatores mantiveram os