Atribui Oes E Casualidade
Resumo
A teoria da atribuição da causalidade, cujos princípios foram postulados inicialmente por Fritz Heider nos anos 60, sugere que o ser humano envida todos os esforços necessários para explicar os acontecimentos aos quais presencia e para tal estabelece uma diferenciação entre as causas que podem ser atribuídas à pessoa, as chamadas causas disposicionais, como por exemplo, aos fatores de personalidade, a motivação para realizar alguma coisa, os esforços despendidos em uma tarefa, e aquelas que podem ser imputadas à situação, como, por exemplo, o impacto de normas e das expectativas sociais (HEIDER, 1970).
A teoria da atribuição da causalidade sustenta-se no entendimento de que as pessoas usam os objetos e eventos presentes no seu universo psicológico para construírem modelos causais, indutivos ou dedutivos, nos quais são estabelecidos relacionamentos entre causas e efeitos (HEIDER, 1970).
Heider acreditava em uma psicologia ingênua, do senso comum, em que as explicações sobre os fenômenos poderiam ser obtidas de forma natural, sem necessidade de controle científico.
Com isso, parece ficar clara a ideia trazida por Heider de que mesmo sem a psicologia científica, o ser humano teria suficiente compreensão de si mesmo para explicar o que lhe ocorre. Seria capaz inclusive de atribuir causas para explicar e justificar fatos que observa ou vivencia
Portanto, é possível inferir dessa afirmação que o ser humano não fica satisfeito em apenas observar os eventos que o cercam; ele tem necessidade de ligar os acontecimentos, buscando uma relação fixa de causa e efeito entre eles. O resultado dessa relação permite, segundo Heider (1970), “um mundo mais ou menos estável, previsível e controlável”.
A relação fixa de causa e efeito entre os acontecimentos também dá sentido às experiências pessoais e fica de tal forma marcada cognitivamente, que o indivíduo reage à realidade do ambiente baseando-se nela. Sabendo-se ainda que as ações