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Pensar no passado não deve ser visto como exercício de saudosismo, mera curiosidade ou erudição. O passado não está morto, porque nele se fundam as raízes do presente. É compreendendo o passado que podemos dar sentido ao presente e projetar o futuro. Contudo, queremos dizer que somos seres históricos que assimilamos culturas e heranças de nossos antepassados, mas estamos sujeito a mudanças. A nossa cultura deve ser resgatada todos os dias.
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No período, que se prolonga da proclamação da República até meados dos anos 40,ainda que a educação escolar apresentasse uma estrutura sistêmica mais definida e desenvolvida, é possível afirmar que herdamos, do modelo anterior, uma tradição elitista de estudo. A partir de Vargas, com uma marcante administração centralizada, mantivemos o sistema dualista de ensino. Ou seja, os grupos escolares com ensino elementar sob responsabilidade dos estados e, um ensino médio e técnico sob a responsabilidade do governo federal. Segundo Farias Filho e Vidal, apesar de os primeiros grupos escolares terem sido construídos, em São Paulo, na última década do século XIX, ainda nos anos 20 e 30 do século XX, a construção de tais espaços era reclamada em boa parte das capitais das demais unidades da Federação (Farias Filho & Vidal, 2000:21). Tidos como modelos, os grupos escolares, contudo, tiveram uma história muito diferenciada nos diversos estados brasileiros. Infelizmente, apresentados como prática e representação que permitiam aos republicanos romper com o passado imperial, os grupos escolares projetaram para o futuro e projetaram um futuro republicano que não se realizou. Se tinham como intenção reconciliar o povo com sua nação, plasmando uma pátria ordeira e progressista, os números apresentados demonstram o contrário. Já no final dos anos 40, “das 6.700.000 crianças em idade escolar, apenas 3.200.000 estavam matriculadas. Das 44.000 unidades escolares em funcionamento, somente 6.000 foram construídas para a