Não adianta o Brasil apenas investir em tecnologias para redução do consumo de combustível e a emissão de poluentes, ou mesmo incentivar o motorista a regular o motor e trocar os filtros do carro periodicamente se o descarte dos materiais na maioria das oficinas mecânicas representa uma agressão ao meio ambiente. O resto de óleo usado é jogado no esgoto e as peças e vidros vão para o lixo comum. A destinação correta tem motivos de sobra para ser importante: só o vidro leva 1 milhão de anos para se degradar. O IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) e o Cesvi Brasil lançaram na Automec 2009 – 9ª Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços (de 14 a 18 de abril), em São Paulo, a ”Certificação Ambiental” para a área da reparação. Inédita no mercado, a certificação vai atestar que as oficinas e centros de reparação possuem processos ambientalmente sustentáveis e contam com procedimentos de descarte e reparos adequados. “Hoje, em qualquer área, buscam-se soluções eficientes que causem menos impactos na natureza. Na área da reparação, isso significa se preocupar com o descarte de peças, fluidos, reutilização de peças e reciclagem. Ações que trarão benefícios diretos não só para a empresa, mas para a sociedade como um todo”, destaca o engenheiro Mário Guitti, superintendente do IQA. O objetivo do Selo Verde IQA-CESVI também é inserir o mercado da reparação na questão ambiental. O novo escopo de certificação das entidades vai analisar requisitos específicos sobre questões ambientais em funilaria, pintura, mecânica e administração. “O automóvel é um dos produtos que também poluem o meio ambiente, desde o desenvolvimento até quando chega ao mercado e vai para a reparação. Neste ponto, inúmeros procedimentos são nocivos ao meio ambiente, como o descarte de peças sem critérios corretos, fluídos, pneus, pintura, lavagem de equipamentos, entre outros. A certificação vai atestar que a empresa realiza processos de