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A equação entre sucesso e felicidade está sem solução evidente. O mundo do trabalho está cada vez mais competitivo e, à medida que se é promovido, as chances de crescimento vão diminuindo. Trata-se de um funil clássico.
Há muitos cargos nas empresas, mas há apenas uma cadeira de presidente. E talvez aí esteja o problema. A ambição pelo poder é muitas vezes confundida com o ideal da felicidade. Quem disse que chegar ao topo significa ser feliz?
Está provado que a riqueza não traz felicidade. Assim, não é pequeno o número de pessoas que se frustram e não encontram a tal felicidade quando ganham uma promoção ou trocam de emprego em busca de salário maior e mais benefícios. Ganhar mais quase sempre significa maior pressão, maior insegurança, maior infelicidade.
O trabalho é a principal atividade na sociedade contemporânea. Ele nos fornece o sustento material e a possibilidade de massagear o ego. A maioria de nós precisa estar bem no trabalho para estar bem na vida.
Qual o motivo de termos tanta gente decepcionada com o trabalho no mundo corporativo? O problema começa quando nos damos conta de que dentro das empresas as pessoas são meros recursos. Como recursos, estão lá para satisfazer o interesse do acionista, ou seja, a maximização do lucro.
Enganam-se os que procuram felicidade no trabalho. Isso é para poucos. Para a maioria, o trabalho é tedioso e constitui apenas um meio de vida. Desde o início, as preocupações em motivar funcionários existiram para fazer com que trabalhassem mais. Corporações só investem nas pessoas para ter lucro.
O problema central da nossa decepção com o trabalho é que esperamos algo que ele jamais vai conseguir oferecer nos moldes em que está estruturado hoje: autonomia e realização. Isso apenas seria possível em outro tipo de organização. Uma que colocasse a