“Ilha das Flores” O referido documentário me causou vários tipos de reações. A primeira foi de rir, pois o curta usa uma linguagem enciclopédica e retoma várias vezes à enunciados já expostos. Este efeito fez com que ele tivesse um ar de descontração, já que ainda não tínhamos conhecimento do verdadeiro foco que o curta queria retratar. A miséria é o tópico central do documentário. A utilização de um título que contradiz a trama desenvolvida ao longo dos 13 minutos de duração do curta-metragem foi uma das ótimas idéias apresentadas nesse trabalho. Mas não é a única. O documentário “Ilha das Flores” nos faz imaginar um belo cenário, onde o que prevalece são flores e, no entanto, o principal produto em destaque é o lixo. Um cenário que nos mostra claramente a desigualdade social e que o fato de termos um telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, não nos torna menos vitimas do sistema capitalista imposto à sociedade e principalmente da má distribuição de rendas, o que acaba gerando fome. Este documentário é a mais pura realidade do que acontece em nosso País, nos mostra que a desigualdade social sempre existiu e, se continuarmos nesse mecanismo que o documentário relata, continuará existindo. A “Ilha das Flores” se tornou a “Ilha dos Lixos”... O protagonista da história é um tomate podre. A princípio, conhecemos onde ele nasceu e como chegou à casa de uma consumidora, sempre dando ênfase e satirizando de uma forma espontânea e divertida os processos, tanto sociais como econômicos, que transportaram este tomate. Depois, o primeiro foco do curta aparece: o problema ambiental que o lixo causa. Conhecemos a Ilha das Flores, que é o lugar para onde vai o tomate podre que aquela consumidora julgou não servir para sua alimentação. Ao chegar neste local, que é um grande depósito de lixo, o tomate é novamente selecionado, agora para servir de alimento para os porcos. O tomate também não passa por este teste e é aí que observamos o