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Cidadãos do mundo todo estão assustados com espionagem do governo dos Estados Unidos, e situação pode piorar com novas tecnologias.
Em um mundo globalizado, com pessoas conectadas por meio da mais avançadas ferramentas tecnológicas, as informações entre todos os seres humanos circulam livremente. No entanto, qual é o risco que a humanidade corre se o poder de monitorar e até de manipular essas informações estiver nas mãos de uma única pessoa? E se essa pessoa tiver acesso ao mundo todo em tempo real, mesmo sem os indivíduos estarem conectados a um telefone ou computador?
“Se você pode controlar a internet, se você pode começar a ajustar o que as pessoas dizem ou interceptar informações, você se torna muito, muito poderoso. É o tipo de poder que, se estiver nas mãos de um governo corrupto, dá a ele a capacidade de se manter no poder para sempre”, arriscou dizer em entrevista ao jornal “The Telegraph” o físico inglês Tim Berners-Lee, um dos criadores da World Wide Web (www) e considerado o pai da internet.
Se a perpetuação no poder for possível com o controle sobre a internet, segundo avaliou o criador da rede mundial de computadores, o mundo agora cobra do presidente Barack Obama uma explicação para a denúncia de que os órgãos responsáveis pela inteligência dos Estados Unidos têm acesso irrestrito todos os dias aos registros de milhões de chamadas telefônicas, seja em ligações domésticas ou internacionais, além de dados dos servidores das principais empresas da internet mundial, dentre elas Microsoft, Yahoo!, Facebook, You Tube, Skype e Apple.
“Não podemos ter 100% de segurança com 100% de privacidade e sem nenhum inconveniente. Quando eu assumi o meu mandato, prometi duas coisas: o respeito à Constituição e a proteção dos cidadãos americanos”, tentou justificar Obama, que ainda alegou, em vão, que o monitoramento era feito com base em dados de telefonemas e não em escutas e também que os cidadãos norte-americanos não eram monitorados,