ATPS
Em relação a este segmento, o ponto de partida de seu processo de marginalização é a sua exclusão do processo produtivo, pois segundo PASTORE (2000, p.7), o Brasil é possuidor de um dos maiores contingentes de pessoas com deficiência (16 milhões) do mundo, sendo que destes, 60% encontram-se em idade de trabalhar, mas 98% dos mesmos estão desempregados. Este último dado revela que a imensa maioria dessas pessoas não está conseguindo se inserir nas atuais relações sociais de produção e, desta forma, sem condições de prover seus meios de vida e ainda ficando à margem do atual processo histórico.
Outro aspecto que caracteriza as atuais condições de existência das pessoas com deficiência, e que tem relação direta com a sua exclusão do processo produtivo, reside no fato de as mesmas serem compreendidas e tratadas como se fossem completamente distintas dos demais seres humanos. No imaginário social, tais pessoas são consideradas como improdutivas inúteis e incapazes, sendo tomadas como um fardo pesado ou uma cruz a ser carregada pela família e pela sociedade. Esta forma de tratamento desconsidera a possibilidade de se constituírem como sujeitos e transformam-nas em objetos da caridade e da filantropia. Nesta forma de tratamento, as pessoas com deficiência quase sempre são concebidas como doentes ou, enquanto seres, eternamente infantis. Ainda existem