Atps sistemas operacionais
de ALMEIDA JUNIOR,1892.
O quadro acima pode se denominar uma obra de ruptura, porque ele quebra os padrões da figura feminina, nos dando um olhar diferenciado que tem desejos e vontades que não eram considerados na época (século XIX). Curiosidades da obra. Os indícios para esta conclusão estão nos seguintes elementos, a mulher foi retratada sozinha com uma postura mais desalinhada, os cabelos soltos fazem referência a liberdade e luxuria com um apelo sensual . A mulher está lendo um livro o que não era comum para as mulheres na época, o que lhe indica acesso a cultura universo dominado pelos homens (cultura = poder). O corpo desta mulher está praticamente nos quadrantes de maior valor da ordem do sagrado e do profano. A parte da cabeça = intelecto é do sagrado e o corpo = desejos é do profano.
No primeiro quadrante a paisagem natural pode remeter ao paraíso universo feminino, ligado as questões da natureza, a casa de construção nobre representa status e posição social elevada. A cabeça da mulher representa inteligência evidenciada pela luminosidade no rosto e no topo da cabeça. Ela tem um livro em mãos, ícone de cultura = poder, poucas mulheres liam nesta época.
Esse mostra a terra símbolo de estatus, a propriedade com grande área de céu e terra, mostrando a ostentação e poder (domínio sobre a terra), que pode pertencer a esta mulher.
Neste quadrante mostra a imagem do corpo da mulher sentada em uma cadeira de forma desalinhada com os cabelos soltos dando o sentido de liberdade; Suas roupas são refinadas, com cores próximas do ambiente em que ela está sentada, existe uma ligação semântica entre a figura feminina e a casa, dando ideia de pertencimento.
Apesar do corpo da mulher estar inteiro na cena a direita do quadro, seu pé está avançando o ultimo quadrante da esquerda que da indícios de uma mulher independente, extrapolando o padrão de comportamento feminino da época .Normalmente o quadrante da direita representava o universo