Atps etapa 1 - história da arte
ESTÉTICA E A ARTE GREGA Estética significa o que é sensível ou o que se relaciona com a “sensibilidade”. Se a filosofia da arte chama-se "estética" é porque, no tempo dos que plasmaram esta ciência, essa filosofia era uma filosofia da sensibilidade. Para Platão, o belo é o bem, a verdade, a perfeição; existe em si mesma apartada do mundo sensível, residindo, portanto, no mundo das ideias. Temos em Platão, uma concepção de belo que se afasta da interferência e da participação do juízo humano, ou seja, o homem tem uma atuação passiva no que concerne ao conceito de belo: não está sob sua responsabilidade o julgamento do que é ou não é belo. Já Aristóteles, diferentemente de Platão, acredita que o belo seja inerente ao homem, afinal, a arte é uma criação particularmente humana e, como tal, não pode estar num mundo apartado daquilo que é sensível ao homem. A beleza de uma obra de arte é assim atribuída por critérios tais como proposição, simetria e ordenação, tudo em sua justa medida. Posteriormente, a autoridade eclesiástica da Idade Média introduz na concepção do belo a identificação direta com Deus, como um ser único e supremo a serviço do Bem e da Verdade. Tanto Santo Agostinho quanto São Tomás de Aquino identificam a beleza com o Bem, ademais da igualdade, do numero, da proporção e da ordem: estes atributos nada mais são do que reflexos da própria beleza de Deus. A finais da era medieval, a autoridade eclesiástica rejeita a autoridade científica que se faz presente e notória, exatamente por esta se distanciar da associação dos fenômenos às vontades divinas. Os Gregos foram os povos da antiguidade que apresentaram uma produção cultural mais livre, que valorizaram especialmente as ações humanas, na certeza de que o homem era a criatura mais importante do universo. Assim, o conhecimento, através da razão, esteve sempre