ATPS De Fundamentos II 2
O conteúdo profissional do Serviço Social é marcado profundamente pela prática católica e seu desenvolvimento enquanto profissão à proteção do capitalismo. Os fortes questionamentos por alguns profissionais sobre as práticas, compromissos e consciência social da profissão gera o “Movimento de Reconceituação”. Movimento esse que resgata ao Serviço Social a carência de definir sua teoria e prática por meios de metodologias próprias e discutir com as Ciências Sociais. A ausência de identidade profissional no Serviço Social se dar pela convivência assistencialista e sua legitimação pelas classes dominantes. Sem direção a uma consciência crítica e política a profissão não consegue participar do desenvolvimento político da classe operária, sendo sugada pela sociedade do capital (Martinelli, 1989).
A importância dos Seminários Regionais e História do Serviço Social
O Serviço Social é oriundo do assistencialismo junto com as obras cristã promovidas pela igreja católica. As primeiras escolas de Serviço Social foram fundadas por grupos cristãos, ao estudar sobre a questão social foram negadas quaisquer transformações tanto econômicas quanto social.
Na década de 60 o Serviço Social tradicional latino americano entra em crise, essa crise vinha dos movimentos libertários da década onde questionavam a sociedade capitalista, direcionando estes questionamentos também ao Serviço Social. Promovendo no âmbito latino-americano encontros de parte desses profissionais para a discussão sobre a prática profissional.
No Brasil o Serviço Social foi uma profissão muito impactada pelos fatos históricos a partir da ditadura, o Evento de Araxá (19-26/03/1967) e Teresópolis (10-17/01/1970) são considerados os dois documentos em tentativa de adequar o Serviço Social às tendências políticas que a ditadura tornou dominante.
O Encontro de Araxá teve como base a questão sobre a teoria do Serviço Social e sua Metodologia, no Encontro de Teresópolis sobre a prática